quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Resposta acertada: “Nem Eu!”

Eurinhos

Pois é, eis que vem o senhor presidente da APICEP (Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), seja lá o que isso for, o senhor Basílio Horta, dizer e passo a citar “Não sabemos o que havemos de fazer mais.”

Segundo Basílio Hora, “é uma crise gravíssima, quase como um abalo de terra, que está a gerar uma angústia profunda, porque não sabemos o que havemos de fazer mais”, disse ele no Porto, numa conferência sobre as relações económicas Portugal-Angola. Segundo o mesmo senhor “a crise é tão grave que é quase uma emergência”, ao que eu pergunto, “quase? tem a certeza que é só quase? é que milhares de portugueses neste momento já perderam o emprego, não será já uma emergência?”.

Ao senhor Basílio Horta só tenho a dizer “Não sabes? Olha, nem eu!”, mas é bom que se calhar este senhor (e outros que mandam nas nossas economias) se apressem a descobrir algo, mas desta, que não seja apenas jogar à sueca enquanto os membros deste clube que é o “Povinho” ficam a ver as contas a arder.

É inadmissível que se fique à espera que o resto do mundo resolva a crise. Especialmente depois de termos ouvido citações como “Portugal passará ao lado da crise pois temos um sistema bancário forte e saudável.” apenas para na semana seguir o BPN (Banco Português de Negócios estranhos) e o BPP (Banco de Patifarias Português) de serem expostos como candidatos à falência.  Resposta do Estado, toca a dar dinheiro aos bancos, os bancos precisam de dinheirinho e os Portugueses que estão endividados até ao pescoço porque esses mesmos bancos cobram por tudo e mais alguma coisa (até cobram comissões por cobrarem a mensalidade da hipoteca da casa), continuarão sempre a ser os lixados e a pagar as más opções tomadas por outros.

Ou seja, se sujeito X do Banco XPTO faz um desfalque de 700 milhões de euros, não se preocupem, todos os portugueses estão dispostos a pagar esse dinheirinho para o banco não falir.

É nesta parte que acho que o melhor é não pensar muito no futuro porque senão a depressão aparece e a vontade de fazer o que quer que seja desaparece.

Olha, faço como os outros, como não sei o que fazer, fico à espera. Os restantes que se lixem com “F” maiúsculo.

Sem comentários: