segunda-feira, dezembro 26, 2011

Estado Liquido

Estamos num momento em que o Estado está a tentar consolidar as contas publicas e liquidar as dividas. Para isso o Estado está a recorrer aos contribuintes, “limpando-lhes” o pouco que resta de modo a conseguir recuperar as contas publicas e a Economia.

Porém, toda a gente reclama, toda a gente barafusta, mas ninguém toma medidas. O que acontece é que, para o bem ou para o mal. o actual governo herdou um problema indesejado que  se chama “crise”. Este governo está a tentar o melhor que pode para conseguir livrar-se deste problema, mas temo que esteja a causar um problema ainda maior. Para uma resolução rápida, este governo vai buscar tudo o que pode aos contribuintes, de forma exagerada. Neste modelo sócio-económico baseado no monetarismo e consumismo, o consumo faz crescer a economia, e a falta do mesmo provoca recessão. Este é um facto de uma economia de consumo. O grave problema deste modelo é a distribuição de riqueza.

Quando a riqueza se tende para estar distribuída homogeneamente, a inflação é reduzida, o crescimento económico é sustentado, mas, quando a riqueza tente a encontrar-se distribuída por um grupo reduzido, a inflação tende a desregular-se e a ter um comportamento instável, o crescimento económico entra em recessão. Este comportamento leva a um ciclo difícil de quebrar. O crescimento negativo potencia o desemprego e a quebra salarial da classe produtiva, que leva a uma redução do consumo, que provoca um decréscimo nos volumes de vendas, que leva a um agravamento do crescimento económico, que novamente por sua vez, leva a uma aceleração do crescimento dos níveis de desemprego, que novamente vai provocar quebras no consumo.

Este modelo é o modelo sobre qual a nossa economia se rege. Com as empresas de serviços e sectores primários a adotarem politicas de “Lay off”, despedimentos e falências, o consumo começa a reduzir, levando a um desequilíbrio da balança de produção versus consumo, para o lado da produção. Isto provoca que haja um decréscimo na procura desvalorizando o produto, prejudicando na venda, levando as empresas a reduzir a produção. Este clima, mantido, provoca um excesso de mão de obra para a produção que se pratica, levando ao despedimento de pessoas na produção industrial. Isto vai afectar gravemente o próximo sector, o comércio. Havendo um número crescente de desempregados, vai haver um número decrescente, na mesma proporção, de “clientes” ou “consumidores”. Esta situação provoca por sua vez um decréscimo nas vendas deste sector. As lojas vão necessitar de minimizar os lucros por venda de modo a potenciar as vendas e reduzir o risco de colapso e falência. A acompanhar este comportamento, o despedimento de vendedores de loja vai aumentar ao grupo de génese do problema. A partir daqui o ciclo reestabelece-se e deixa de haver controlo efetivo do problema.

Mas depois desta visão do problema, o que poderá ser feito? Apenas poderá ser estabelecido padrões de competitividade que não lesem os trabalhadores, geração de emprego, e redução dos níveis de pobreza na população, criando condições favoráveis á distribuição da riqueza.

Para a economia ressuscitar temos de ter a consciência que o modelo consumista precisa de ser sustentado e para isso termos de considerar as pessoas como os órgãos principais desse sistema, e são estes que bombeiam o sangue que mantem este modelo vivo. Temos de ter consciência de que o modelo consumista baseia-se no principio de que as pessoas consomem, mas que para isso, é preciso que as pessoas tenham dinheiro, pois o dinheiro tem de circular, e só assim, o dinheiro gerará mais dinheiro.

Só assim o Estado conseguirá sobreviver a esta crise e conseguir a liquidez que precisa para cobrir a divida publica e conseguir manter o Estado Social.

Neste ponto, não sei se fiz muito sentido, mas são apenas as minhas divagações, e eu não percebo muito desta coisa.

 

Cumprimentos a todos.

quinta-feira, julho 14, 2011

Quotidiano sem grande novidade…

Bom, escrevo neste blog com pouca frequência mas, quando escrevo escrevo algo que me interesse. Neste momento o que me interessa é a falta de interesse. A situação política do país continua em baixo, apesar do novo Primeiro-Ministro estar a fazer o que lhe compete; a vida quotidiana resume-se a casa-trabalho-casa, sem novidades, sem interesse.


Bom, interessantemente, vou ficar por aqui. Até porque se tinha algum leitor devo o ter perdido 4 linhas atrás. 


Bom, cumprimentos a todos.

segunda-feira, março 14, 2011

Estou de volta

Bom, já lá vai uns tempos que escrevo aqui mas estou de volta.

E que coisas vou falar hoje? Vamos ver, acontecimentos importantes dos últimos dias, Manifestação “Geração à Rasca”, sim senhor, uma manifestação bem executada.

Estive presente na manifestação “Geração à Rasca” no Sábado passado e posso dizer que foi um sucesso. Quanto mais não seja pela adesão em massa das várias gerações. Novos e velhos, empregados e desempregados, malta a contrato, a recibos, bolseiros e estagiários. Estava toda a gente representada lá. Esta foi uma manifestação que se realizou de forma pacifica mas animada. Animada pela vontade de mudar este país.

Desde que cheguei, mais os meus amigos do costume, subimos a Avenida da Liberdade e paramos em frente ao primeiro grupo de desfile e lá ficamos, na faixa central da avenida, no meio da torrente de pessoas que desfilou até ao Rossio. Imensa gente, tudo com o sentimento conjunto de afirmação e reivindicação de direitos e condições. Foi algo fantástico de se ver.

Esperamos agora que esta catividade mostre resultados.


No outro lado do Mundo, no Japão, coisas terríveis acontecem… Terramoto, Tsunami, Explosões em Reatores Nucleares, e para animar a festa, vulcões em erupção.

Num país que está constantemente a ser abalado por sismos, o sismo de 8,9 na escala de Richter foi um susto enorme mas, o país já está preparado para este tipo de abalos… Mas, apesar de toda a preparação contra sismos vale contra um Tsunami. Infelizmente, após os abalos, o temível aconteceu… O Japão foi assolado por um Tsunami de 10 metros de altura que, literalmente, varreu tudo por onde passou, deixando edifícios reduzidos a escombros. Em cidades habitadas por 17000 pessoas, cerca de 10000 foram dadas como desaparecidas…

Neste momento o número de mortos já ascende aos 1500, números inferiores à tragédia do Haiti, é certo, mas não menos preocupantes. Durante as réplicas de ontem, que provocaram danos por todo o país, uma das centrais nucleares do Japão sofreu explosões nos reatores 1 e 3 e ficou com o reator 2 descativado, isto numa central que possui 6 reatores. Apesar disto, as fugas de radiação estão controladas e não há sinais de aumentos de radiação a partir dos 5 km da central.

E, para animar a malta, ainda entrou em erupção um dos vulcões ativos do Japão. Possivelmente acordado pelos abalos, o vulcão entrou em erupção para complicar um bocadinho mais a situação.

A demonstrar a cultura civilizada do Japão, a comunidade está a tentar recuperar ordeiramente a normalidade, não se verificando nenhuma onda de terror e assaltos que geralmente acontecem nas civilizações ocidentais.

Neste momento, os meus pensamentos estão com o Japão e desejo sinceramente que recuperem depressa e que não hajam novas vitimas desta tragédia.


Num apontamento nacional, o nosso Primeiro-Ministro Eng.º Sócrates, decidiu que para bem nacional o Golfe deveria pagar apenas 6% de IVA contrariamente aos 23%.

A malta da manifestação de sabado passado já está muito mais tranquilizada pois sabe que a apartir de agora pode não ter dinheiro para transporte, alimentação ou até mesmo ter emprego, mas pode ir jogar golfe pois agora é mais barato.

Apenas digo isto ao Sr. Engº Sócrates : “Tenha juizo caro senhor…”

 

Tenho dito.

 

Com os melhores cumprimentos a todos os que liam este blog, que não deviam ser muitos mas certamente seriam bons, e cá vos espero novamente para lerem as minhas insanidades.

Um grande abraço.