segunda-feira, julho 06, 2009

Feira Internacional de Artesanato

Bom, fez hoje 8 dias que fui à feira de artesanato que se realiza todos os anos na FIL. Interessante, como sempre, mas mais pobre… 2/3 do pavilhão 2 são do Nepal ou do Tibete. Vende-se desde Budas a Vishnus e a Ganeishas. Fotografias de Auras e outras artimanhas para se limpar uns trocos ao povinho.

Coisas que comprei:

-Mini Tripé para Maquina Fotográfica/Vídeo com pernas flexíveis no stand da Russia. Nesta compra nem regateei, o preço pareceu-me razoável para o item em questão.

-Tapete para tablier antiderrapante no stand de uns gajos que mais pareciam australianos. Este item estava a ser vendido a 7.50€ a unidade ou 10€ dois. Visto que percentualmente a perda é igual ao venderes 2 a 10€ ou 1 a 5€ achei por bem negociar 1 por 5€, até porque só queria e necessitava de 1. Resposta do Aussie: “I have to live too you know!?”. E eu nem disse nada, fiquei a olhar para ele. E ele viu que eu só iria comprar 1 e por 5€ e lá cedeu. Obviamente que não sendo nada de essencial e sendo algo que comprei apenas pela curiosidade da coisa, que não ida dar 7.50€ pelo tapete.

-Caipirinhas no stand das Caipirinhas.. heheh! 3€ por cada. Pelo tamanho e por serem bem preparadas, bom preço. (tendo em conta que é na FIA onde os comes e bebes são por definição, caros).

No pavilhão Nacional optei por ver os stands das localidades com mais atenção. Estive com o meu filho a mostrar os senhores a fazer trabalhos artesanais, como copos de madeira nos tornos, e peças de barro na roda de oleiro. Ambos os senhores foram simpáticos e lhe mostraram como funcionavam as coisas e como se trabalhava a matéria de modo a dar-lhe a forma desejada.

Agora, a cena mais curiosa: o stand da “Pampilhosa da Serra”.

Nesse stand estava uma tecelã a tecer linho. Estava a 1,5 m dela a explicar ao meu filho como se processava a tecelagem artesanal. A rapariga olhou para o miúdo e ficou com uma cara de atrasada mental e não abriu o bico para lhe mostrar nada, ignorou completamente o miúdo. Entretanto um senhor (que mais tarde voltei a encontrar) ofereceu ao puto um lápis feito de ramo de árvore, com casca e tudo. Como sou adepto do belo do passeio fiquei a pensar, “Bom o senhor até foi simpático e o stand não pareceu mal, bom, vou adicionar Pampilhosa da Serra à lista dos próximos passeios”.

Uma hora mais tarde passei no mesmo stand e estavam a oferecer umas velas de cera de colmeia, com os favos mesmo, e o meu filho quis uma, ao chegar lá pedimos uma e recebemos, do mesmo homem de antes, a resposta espere um bocadinho que estou aqui a oferecer primeiro à nossa banda. Uma outra senhora pediu também e este de forma arrogante respondeu “minha senhora primeiro dou aos meus que são todos de lá da terra!”. Ele conhecia-os todos pelo primeiro nome. Ora, analisemos:

Stand: Pampilhosa da Serra.
Objectivo: Dar a conhecer a terra ao resto do país para os visitantes irem lá deixar dinheirinho e fomentar o desenvolvimento da região.

Tendo este objectivo acho que as ofertas (que seriam pagas pelo concelho/freguesia) deveriam ser distribuídos pelas pessoas que não são da terra… para depois lá irem. Assim, e como o meu filho de 6 anos não teve direito a nada pois deram tudo aos miúdos de 16-17 anos “da terra” que até diziam e passo a citar “outra vez isto? ainda tenho lá em casa os do ano passado…”. Resultado da “brincadeira” e da falta “de vista para o negócio”, Pampilhosa da Serra passou a deter o recorde de terra que constou na minha lista de visitas durante menos tempo até riscar a mesma da lista. Esteve lá uma hora e pouco…

De resto, passei lá um bom tempo, vê-se coisas boas.

Cumprimentos, a todos.