terça-feira, setembro 22, 2009

Sugestões de Procura do Google…

Bom, como sabem, no Google, quando escrevem algo na pesquisa vão aparecendo sugestões de pesquisa em uma janela de cascata em baixo do campo de pesquisa… Algumas são úteis… e as restantes?

Vejam o exemplo do que me apareceu quando comecei a pesquisar por algo começado por “Como”… Divinal…

Howto

Pensei que qualquer pessoa com idade suficiente para navegar na internet à procura de informação, não precisasse de saber este “como”… e retorna 791000 resultados… há muita gente a explicar… Divinal….

 

Cumprimentos,
Vítor Monteiro

quarta-feira, setembro 09, 2009

Noite de Trovoada

Esta noite não dormi nem uma hora. Estava com a dificuldade para adormecer do costume quando, pelas 3 da manhã, comecei a ouvir uns ruídos que pareciam um motor a arrancar. Não liguei, mas mais tarde voltei a ouvir o mesmo barulho… Não associei directamente a trovoada até porque quando vi pela ultima vez o céu antes de ir dormir este estava limpo. Eis que quando desci para ir beber um copo de água notei pelas frestas das portadas da janela da cozinha (pois estava com as luzes desligadas) um clarão. Prontos, estava a acontecer um dos espectáculos naturais que mais admiro, lá abri as portadas exteriores e lá me deitei a observar o espectáculo. Ainda adormeci por uns momentos mas devido à “potência” da trovoada não consegui dormir descansado e então comecei a ter um pesadelo estúpido que já não me lembro bem do que se tratava, mas envolvia muita chuva, trovoada, gatos e folhas e árvores. Lá acordei, não tinha sequer dormido 20 minutos. Continuei a apreciar o espectáculo à medida que este ganhava intensidade e frequência. As 7 e pouco da manhã o Sol começou a espreitar pelo horizonte e as nuvem sentiram-se intimidadas e começaram a afastar-se, a trovoada começou a perder força até se desvanecer no horizonte oposto ao Sol.

Entretanto hora de levantar, tomar um pequeno pequeno almoço e fazer-me à vida…

Foi uma noite interessante pois consegui visualizar alguns relâmpagos a rasgar o céu de uma ponta à outra, sempre sem chover… Só a partir das 7 da manhã começou a chover, até lá tinha sido trovoada seca… Pouco relâmpagos se dirigiam ao solo, a maior parte atravessava o céu por entre as nuvens e dissipavam-se… Alguns caíam com veemência, relâmpagos imponentes a dirigirem-se ao solo no horizonte. Alguns desencadeando trovões que faziam com que as paredes de casa vibrassem e provocasse um eco gutural dentro de casa…

Acho a trovoada fantástica, quando era miúdo tinha muito medo, entrava em pânico quando trovejava durante o dia e faltava a luz, só por pensar que iria estar sem luz à noite e que se estivesse a trovejar não teria o conforto da Televisão para me distrair. Mas o tempo foi passando e o medo foi transformando-se em respeito e admiração. Gosto de ver a trovoada. Sinto um misto de admiração com um certo desconforto por saber que é uma força potencialmente destruidora. Lembro-me de ser miúdo e toda a gente avisava por causa dos relâmpagos que podiam cair e fulminar uma pessoa que andasse à chuva durante a trovoada… Ou que se abrigasse debaixo de uma árvore. Agora aprecio-a, desde o relâmpago que rasga o céu com um toque de arte e força, que esculpe a sua forma através das nuvens e marca tudo o que toca, até ao trovão que ecoa nas paredes de casa até nos chegar ao corpo e nos deixar com um certo desconforto do estômago. É sem duvida um dos mais fascinantes fenómenos da Natureza… Sem duvida…

Lembro-me de uma ocasião, fim dos anos 80 ou no inicio dos anos 90 não sei ao certo… 92 talvez, acho que tinha 9 anos na altura… Estávamos, os meus pais, a minha irmã, eu, os meus avós maternos e não me lembro ao certo de quem mais. Foi na noite de aniversário do meu pai. Estava a noite quente, em Agosto, começava a trovejar ao longe, o meu pai como sabia perfeitamente que tanto eu como a minha irmã tínhamos medo da trovoada, mandou-nos para a tenda dormir até porque já era bastante tarde. A trovoada foi ganhando força à medida que o tempo avançava, não tardou em se tornar uma trovoada bastante forte, e nós a acampar no meio do monte, apesar de ser num parque de campismo. Não tardou com a força de um trovão mais potente tanto eu e a minha irmã acordamos e fomos para o pé dos nossos pais porque estávamos com medo. Não tardou a piorar, de tal modo que as pessoas começaram a sair das tendas para se irem refugiar nos balneários que são edifícios de betão. Nós também fomos. A trovoada foi piorando noite dentro, transformou-se numa tempestade tropical que assentou sobre aquela zona. Ganhou tanta fúria que houve pessoas que ao sair da tenda congelaram de medo com os relâmpagos e trovões que se abatiam sobre o parque. A trovoada piorou, e piorou, e piorou… Só de manhã começou a amainar, a perder força. O dia começou a clarear e o céu em breves momentos ficou limpo… Pouco choveu, praticamente só choveu já perto da manhã. As pessoas começaram a deslocar-se para as suas tendas para dormir um bocado. Mais de metade do parque aterrorizados com o que se tinha sucedido abandonaram o parque nesse momento. Lembro-me claramente do cheiro a chuva e pinho. Ouvia as pinhas nos pinheiros bravos a estalar e a caírem ao chão. Estava uma manhã radiante. Assim sendo, eu e a minha irmã fizemos o que qual miúdo faria depois de uma noite destas… Com uma manhã tão bonita e o Sol a raiar só uma coisa podíamos fazer… Ir para a piscina e aproveitar o dia…

Bom, já chega de histórias… Há mais coisas para fazer…

Cumprimentos.